segunda-feira, 12 de setembro de 2011

De onde vem a felicidade?

"A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude..." bah, palavras e mais palavras, que por mais que se juntem nunca na sua imperfeição serão capazes de descortinar, de exprimir algo que se sente, e que cada sujeito sente de maneira diferente. A felicidade como todos sabem é algo superior, é o objectivo supremo do ser humano, que vive em função dela, procurando-a em todos os recantos. Mas bem, quando eu não sei do telemóvel entro por vezes na estupidez de o procurar 3 vezes no mesmo sítio, apenas para me certificar de novo que não está lá. Nós fazemos o mesmo com a felicidade, às vezes é preciso desprendermo-nos do óbvio, do palpável e do que está mesmo à frente dos nossos olhos, para olhar para algo que pode ter estado lá o tempo todo, mas de uma forma subtil, sem dar de si, e é nesta parte que sinto o telemóvel no bolso do casaco e me sinto parvo por não ter procurado ali antes.
Concordo com os que dizem que a felicidade é construída a partir de coisas pequenas, mas não discordo daqueles que dizem que é nos grandes momentos que nós sentimos a felicidade. Qual é a minha posição então? A felicidade encontra-se em tudo, basta saber ver a vida de olhos sorridentes, basta em cada situação meditar e tirar dela o melhor possível. A felicidade não vem ter connosco, mas não a podemos ver como um fim, mas como uma recompensa pela qual não estamos à espera. Não podemos forçar a felicidade, mas se a fizermos nos outros se a encontrarmos nos outros, ela é transmitida para nós bastante facilmente, qualquer humano respira felicidade, apenas tem que a saber deslindar no meio do mundo confuso e cabisbaixo em que hoje vivemos. Tem muitas fontes, mas a principal fonte é o Outro, porque afinal felicidade e amor são quase sinónimos. Felicidade não é ausência total de sofrimento, não é passar um dia inteiro a fazer aquilo que mais gostamos sem ninguém nos chatear a cabeça, a felicidade é imperfeita, a felicidade é saber valorizar o que é bom, aquilo que nos agrada, em detrimento do que nos perturba. Uma coisa é a utopia, outra é a realidade. Tal como disse no ínicio, a felicidade é um bem que não merece ser racionalizado, basta viver, basta saber encontrá-la, basta acreditar no principio que "A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido"
Por vezes é difícil ser feliz, é difícil  acreditar de novo, mas vale a pena e todos nós tendemos para procurar a felicidade, faz parte da nossa natureza. Não sei como concluir este texto, mas quero deixar um apelo, uma mensagem de força, porque apesar de às vezes não parecer, a felicidade bate à porta de todos, por vezes mais discreta e por outras mais exuberante, mas está sempre lá, basta acreditar.

Não seríamos humanos se não vivêssemos uma procura constante

2 comentários:

  1. Nós construímos a nossa própria felicidade.
    Somos nós que escolhemos de onde queremos que venha a nossa felicidade, as pessoas, as acções, tudo.

    Acrescentando só um ponto sobre o tema 'felicidade'
    Por vezes não sabemos, não acreditamos ou não queremos ver que um simples gesto nosso, um pequeno olá, um simples sorriso. Faz da pessoa que o recebe a pessoa mais 'feliz do mundo', nem que seja por breves segundos.

    Eu costumo dizer para mim, e cada vez que vou ficando mais velho fico com certezas, que estas acções valem ouro e cada vez mais raras.

    ResponderEliminar
  2. "A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido"!
    Ora aqui está, nesta pequena frase, a resposta à tua questão inicial: De onde vem a felicidade?
    Não, não vem de nós, nem do outro... a resposta tão simples está naquela simples e tão profunda frase (daria para uma tese) - a felicidade vem da PARTILHA.
    Porque como dizes "felicidade e amor são quase sinónimos"... é um dogma! E amor é abertura ao outro, se não é vaidade, egocentrismo, que são nem mais nem menos as projecções (portanto imagens falsas/virtuais) da felicidade...
    Como digo, isto daria uma tese... ficam apenas estas pequenas linhas muito ténues
    Podes julgar ser/estar feliz, mas se não tens com quem partilhar sentes um "não-sei-o-quê" de vazio que reduz essa "felicidade" a uma amena euforia interior, composta isso sim, pela imagem primordial da verdadeira felicidade... Mas isso não será felicidade, talvez boa disposição, alegria... Felicidade no seu sentido ultimo, só na e pela partilha com o outro.
    Só um comentário ao comentário anterior: Nem sempre somos nós que construimos a nossa felicidade, mas somos sempre nós os responsáveis por lhe abrir a porta, papenas temos de acreditar, pois por vezes e ao contrário do que julgamos a felicidade aparece de onde menos esperamos... e ás vezes de onde menos desejamos... por vezes mesmo de onde não queremos!
    Uma Abraço ao blguista e ao anónimo que comentou antes.

    ResponderEliminar